quarta-feira, dezembro 06, 2006

recado ao mundo

não é por eu ser um poeta
pequeno de fim de sábado
que não posso lhe contar
metade de umas verdades:

Mundo dos loucos ou não

me digas porque é injusto
e quantos homens lhe são caros,
mas fale por intermédio
de Deus, que é meu padastro,

Mas você não vale o prato
que come
(ou já comeu)
por ter dado espaço ao homem
te ter em inigualdade

"o mundo não vale o mundo"

Me digas porque a noite
deixa os buracos que tens em visto
assolar nossas mulheres
com seus homens malditos,
que talvez por um não dito
deita-se acima delas
e rola
num rala-e-rola
malfadado à prisão voraz

mas isto já é mais que um terço,
mundinho,
deste poema que fiz sem vinho,
ao meu lado pra intoxicar-me.

Meu mel enegreceu
sobro este fel em versos feitos
a boca da noite escura
(na frente do computador,
que ainda te perdura)
mundo de horrores à candura

não teime em justificar
que a culpa é só dos homens
que vivem a te maltratar

e ainda acharei o poeta
(que disso só tem os metros)
que a vós falou, mundo desnudo,
"serás do que o homem fizer"

não há como acreditar
sem até mesmo pre-julgar!
tal afirmação
oh mundo desnudo
ao menos abaixe o preço do pão

Um comentário:

Anônimo disse...

Muito Bom, Realmente Muito Bom.