quinta-feira, julho 17, 2008

Arnaldo Antunes recortado

temperatura
aparencia
paz
cor
valor
consistencia
sentido
coisas

vizinho
sozinho
lingua
diferente
passagem
rua
longe
lingua
sua
estou
mundo
seu

você
quis
feliz
mim


viu
frio
lugar
caibo
mais
em
mim
desprezou
acabou
falar
falhou
apagou

bagdá...
recordando lá
tigre, mesopotâmia, sherazad
quando sirene tocar
antecipando bombas
lembro...
nossa...
porém suspensos
lua abundante
noite...mil tempos

mapa
califa
ladrões
livrarias
beira
joia

sujar
lavar
agua
depois
areia
esperar
vagalume
ouvir
proxima

respirar
comer
caminhar
chover
acontecer
gentil
pessoa
na
de
piscar
onda
se
tomar
chuva
saudade
tarde
para
escurecer
esquecer
dormir
deitar

quando
você
não
lembrar
tudo
aconteceu
aurora
flroes
pele
sopa
porta
bola
ferro
mel
toda
lembra
rio
for
deitar
deixa
pensamento
sem
voltar
musica
pássaro
escuro
bebe
morrer
acontecerá
dia

sexta-feira, julho 11, 2008

Percalso poemado

ato manifesto
tranformador
transforma a dor
em algo incerto

Ato inoperante
contestador
contesta a dor
é um ato errante

E assim em atos e mais atos
a vida é feita em percalsos
e em belezas também

Mas a beleza pode ser Percalso
e o Percalso se torna beleza
neste meu verso meu bem

terça-feira, julho 08, 2008

Anônimo Antônio

Vai descuidado anônimo
que agora é Antônio
Seu mergulho cômico
Seu amor daltônico
Sua camada de ozônio
Não existe mais.
Findou-se a agonia
E era você quem bem queria
que ela o deixasse em paz.
Não, nem mude de assunto
que você cá neste mundo
tanto fez ou tanto faz
é o mesmo sempre,
sempre o último ao percorrer
a galeria dos seus ais.

Vai descuidado Antônio
que agora é anônimo
Sua camada de amor
É o que fica pra trás.


Anadora Andrade e Tiago Groba

Esses são dois poetas não publicados
que adoro
principalmente Tiago Groba
que se não fosse tamanha a pieguice
poderia chamar de mestre

domingo, julho 06, 2008

Depois de ver teus versos(à Albano)

Depois de ver teus versos
Que em meus olhos foram certos
Logo digo todo incerto
Escrever não posso mais

E não posso, mas escrevo,
Criptagens, devaneios
Qual diante deste enleio
Que me trazes
Vão-se ao cais

A espera de Caronte
Que os leva pro jamais...

sábado, julho 05, 2008

O pingüim e a pingüinha

Não tem tempo ruim nem rinha
Entre o pingüim e a pingüinha
Faça chuva desça neblina
Caia a lua numa esquina
Nada nada aporrinha
Ao pingüim e a pingüinha
Quando ela tá triste, tadinha,
Todinha cabeça pra baixo,
Ele vem logo, aprumado,
E dá uma rapidinha.

Tiago Groba poeta que fez que fez este poema...
acho que vou começar a postar algumas coisas que não são minhas no blog este poema mesmo me pareceu valido
abraços a todos