segunda-feira, dezembro 25, 2006

Sertão

o sol com seu arder lisongeiro
soltava rajadas de luzes incadescentes
em meio ao vento com suas lufadas intermitentes
que fazia voar galhos rangentes
enquanto os homens lavravam no canavial

a noite chegava de forma espessa
quando as crianças voltavam em tortuosos caminhos
cantando os mais torrentes pinhos
com apenas um a tocar viola
encarapitadas em cima de burros
que saculejavam num caminhar soturno

à madrugada o frio aluía
as juntas de antigos guerreiros
que outrora em tempos imemoriais
lutavam contra cães-de-guarda imperiais

e assim o vilarejo dormia
com casas em demasia
enfileiradas à espera do sol

Um comentário:

Anônimo disse...

Olá meu poeta ... q saudade dos teus textos .. q bom q me passou teu novo endereço.
Estou adicionando aqui para depois me deliciar em suas deliciosas palavras... abração.. e ótimo 2007.