sexta-feira, dezembro 29, 2006

mais um dia desses de lua cheia
rogo,

pelo simples ato de rogar

acomodo-me num banco
encrespado
de talhas e mais talhas,

e ouço do fundo do mar um zunido

no alumiar da matreira vida,
erguida
em ar e poeira de ferro

prossigo o caminho de matos podres e calcificados

penso no alto do cruzeiro infindavel,
inalcansavel também,
e interpelo por mais um dia de paz

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