domingo, maio 17, 2009

poética corporea

Ela... Alteia sua perna sinuosamente
e traduz, entre olhares trejeitos sexualizados,
a vastidão de sua vagina...

Ela... Que enquanto passeia vagarosamente pelo meu corpo,
escreve entre suspiros e gemidos,
a poesia mais perfeita. delicadamente.

Ela... que não percebe as sutilezas das aquarelas
e passa todas as suas noites à assistir novelas.
Sabe o valor e o significado, de sua poética corporea...

9 comentários:

Anônimo disse...

BILIS,
DEPOIS QUE LI,PENSEI EM ESCREVER UM TEXTO.
- DEIXE ESTAR.
É POESIA...
POR SINAL BEM ´´DESEMBALADA``.
(ESTEREÓTIPO FRÍVOLO E SUBVERSIVO).

DE QUALQUER FORMA, NA SEGUNDA ESTROFE VEJA SE NÃO SOA MELHOR:
´´A MAIS PERFEITA POESIA``.

NOEMI SILVA

Gabriel Carvalho disse...

nem Noemi, acho que colocar a palavra poesia no final da frase da um tom épico que não possui na poesia...

mas mesmo assim obrigado...

malemolente disse...

bilis, a sugestão de noemi é no começo da 3ª frase da 2ª estrofe

achei de fuder, mas a palavra vagina n é lá mui poético. o resto tá insanamente bom

Anônimo disse...

É ISSO AÍ TIAGO!
VALEU A INTERPRETAÇÃO.


NOEMI

Bruna Rocha disse...

menino... escrever menos realmente tem te feito bem!

Esse mesmo.. tá um primor.. ótimas imágens, ótimos vocábulos.. traduziu bem sua experiência e me fez tem uma completa experiência estética..
rs..

bjo!!!

Anônimo disse...

Desvelamento
Caro Bilis,

Permita-me por favor, elucidar meu comentário de mão dupla. Em hipótese alguma defini sua poesia de frívola e subversiva. Veja bem, meu argumento adverso esta associado à construção de sentido que interpelei. Estava falando do discurso introjetado nas entre linhas da poesia. Acredito que a arte deve transcender a leitura, sim. No entanto, que a mensagem esteja livre da normatização conteudista, explorada e disseminada nas raízes duma sociedade pitoresca que traduz a mulher como fútil e sem muitos atributos intelectuais (violência de gênero). Não estava falando da poesia, forma, métrica, estética e etc. lembra-te que sempre fiz uma defesa da escrita livre, tanto que minha linguagem é antipoética, poucas vezes me vem um verso singelo e preciso. Quando falei da poesia ´´desembalada``, foi no sentido figurado, ou seja não criou o sentido almejado por mim, desandou o ideal. O estereótipo frívolo e subversivo que mencionei é o da figura da mulher.
Não da poesia. Perceba que enquanto falava da poesia se segue as reticências. Na minha concepção
há e haverá sempre uma página a ser escrita para concordar, associar, questionar, repensar. Ainda assim não somos autonômos no sentido mais pleno. Quem o é?
Há muitas vozes nos movimentando para diversos ângulos, e o que somos?
Por exemplo, na primeira estrofe da sua poesia a associação que fiz foi da cruzada de pernas mais famosa do cinema, dum filme que nem assisti: Instinto selvagem com Sharon Stone.
Tudo fora existente,
A vivência superficial,
Um pluralismo mortal,
O que é autêntico e real?
Um grande quebra cabeça vem sendo montado ao longo da história,
Como analisar o presente, justificando o passado?
Como não falar de Sartre e seu existencialismo?
Como não falar de Nietzche, kant, heidegger
e não nos fragmentar?
Sendo assim, não foi um julgamento da poesia, mas uma análise do discurso muito mais para mim do que pra você ou por você.
Quando penso, que penso, não penso sozinha.

Não há mudança sem crítica,
Não há iniciação sem propósito,
Viva a linguagem artística,
Relação de denso depósito.


Atenciosamente,
Noemi Silva

obs:acho que fiquei à vontade...

shuashuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

Gabriel Carvalho disse...

acho que cv jah falou tudo... não tem muito o que dizer n...
enfim...

Maria Garcia disse...

Se inspirou bastante. Tomara que não tenha sido na solidão, rsrs... Faz tempo que não leio os blogs, agora estou aproveitando cada texto...
Sinceramente, Biel, seus textos estão evoluindo bastante, estou gostando muito.
Beijos

Gabriel Carvalho disse...

Esta poesia foi escrita em um momento de solidão, mas não inspirada nela entende?

engraçada essa consonancia que aconteceu entre a situação que foi feito esse devaneio poetico e o seu comentario... Legal Maria...