sábado, fevereiro 07, 2009

versinhos

eu mimo essa menina
de tudo que encanta e atina;
as cores do vento no mato
os olhos do mar salgado
a noite entupida de estrelas

Encubro a sua relva de pele
com os cheirinhos crisálidos do mato molhado
e pego do gosto da boca
o cheiro da rosa num tom orvalhado

sinto do pescoçinho
aquele cheiro de capim santo
e salvo do seu umbiguinho
um inseto ladrando pelos teus cantos

planejo ser sua poesia
mais bonita e mais dengosa
quem sabe um verso bem feito
que sai de sua boca
num dia de prosa

talvez ser matéria animal
dos seus mais recônditos pensamentos
andar pelo seu quintal
fazendo das coisas que aninha o vento

ser motivo de graça
de seu plurialvo e formoso sorriso
andar pelas suas casas
cantando e dançando
(este é o meu vicio)

Depois de descansar um pouquinho...
que ninguem é de ferro e só descansado
posso fazer para ela
tudo que disse e bem caprichado!

Um comentário:

Anônimo disse...

Ações de amar.