eu mimo essa menina
de tudo que encanta e atina;
as cores do vento no mato
os olhos do mar salgado
a noite entupida de estrelas
Encubro a sua relva de pele
com os cheirinhos crisálidos do mato molhado
e pego do gosto da boca
o cheiro da rosa num tom orvalhado
sinto do pescoçinho
aquele cheiro de capim santo
e salvo do seu umbiguinho
um inseto ladrando pelos teus cantos
planejo ser sua poesia
mais bonita e mais dengosa
quem sabe um verso bem feito
que sai de sua boca
num dia de prosa
talvez ser matéria animal
dos seus mais recônditos pensamentos
andar pelo seu quintal
fazendo das coisas que aninha o vento
ser motivo de graça
de seu plurialvo e formoso sorriso
andar pelas suas casas
cantando e dançando
(este é o meu vicio)
Depois de descansar um pouquinho...
que ninguem é de ferro e só descansado
posso fazer para ela
tudo que disse e bem caprichado!
Um comentário:
Ações de amar.
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