quinta-feira, maio 26, 2011

Encontro

Pensar, procurar, não saber
E mesmo assim fazer,

é coisa que gente faz
ao acordar, ao dizer amor;

É como encontrar o termo
de um teorema perfeito
E não distinguir seu valor.

Procurar o pretérito perfeito
o futuro do sujeito,
E ter o mesmo dissabor,

É matéria de humana existência,
abstrata reincidência:
unívoco frio para dois cobertores.

Embora às vezes se escuta
uma incongruência aguda
cheirando a conhecimento.

É quando então percebemos
o rota do próprio sereno
em meio multidão de ventos.

Um comentário:

Anônimo disse...

Achei perfeita!

Gostei demais desse poema...

Primeiro pq é completamente subjetivo na primeira leitura,depois o uso de sentido que os versos´´Procurar o pretérito perfeito``
´´o futuro do sujeito``, produzem.
A dosagem certa de palavras rebuscadas e a concordância diferenciada,por ex:´´É matéria de humana existência´´, e mais uma vez, rimas ricas tbm. o final triunfante! Parabéns, cada vez melhor.
obs: atentar para quando digitar, pois acho q vc trocou alguns artigos, e esqueceu vogais.

Ex:´´é coisa que a gente faz, Embora às vezes se escuta,
a rota do próprio sereno.


Noemi