terça-feira, setembro 08, 2009

Desamparo

Porventura os versos falam,
E tonto procuro algo no seu dizer.
Na letra insinuante,
no signo incinerante...
No mistério plurificado do seu ser.

Mesmo nas vozes mais diretas,
Nas metáforas mais concretas:
Nada.

O verso me habita e não me diz nada.

Juro que tentei me apartar da poesia,
Quase chorei até, não consegui.
a poesia (mesmo a ser nada) ficou,
Calada, confidente, tortuosa:
minha morte serena, minha droga.

Um comentário:

Anônimo disse...

-Perfeita!
N.S