Seu mar rasga o amor dos fracassados:
Este mar tão carregado de loucura,
Lá no jeito tão sestroso de seu passo
Pela noite santa e dócil como impura.
O meu peito já não aguenta o seu sorriso
Essa peste, essa mentira escancarada!
Mas não há dia que não venha o paraiso,
ou o inferno, quente lar da sua morada.
Pois é a Mulher das falacias e mentiras,
Talvez o jogo seja a busca da tua fala...
E nesse enleio me perco e me preciso,
Pois o homem se refaz pelas pedradas!
(Não sei ao certo o mar que em ti persiste,
mas sei qual tempestade é a tua chegada...)
domingo, setembro 27, 2009
sábado, setembro 19, 2009
Perda
A noite perde a lírica amorosa
E nela todo o ser do seu mistério,
Vago nestas terras pedregosas
Triste e polidamente sério
A noite sem o ser do seu mistério
Sem o desvario do louco amor
Sobra morta como um cemitério
Deixa-me numa grande dor
A lua não me traz seu jeito ébrio
O Mar não me conforta ao balançar
Preso numa atroz melancolia
Sigo, sigo em frente sem parar...
Ciente da tristeza que vigia
A noite destronada de seu lar
E nela todo o ser do seu mistério,
Vago nestas terras pedregosas
Triste e polidamente sério
A noite sem o ser do seu mistério
Sem o desvario do louco amor
Sobra morta como um cemitério
Deixa-me numa grande dor
A lua não me traz seu jeito ébrio
O Mar não me conforta ao balançar
Preso numa atroz melancolia
Sigo, sigo em frente sem parar...
Ciente da tristeza que vigia
A noite destronada de seu lar
terça-feira, setembro 08, 2009
Desamparo
Porventura os versos falam,
E tonto procuro algo no seu dizer.
Na letra insinuante,
no signo incinerante...
No mistério plurificado do seu ser.
Mesmo nas vozes mais diretas,
Nas metáforas mais concretas:
Nada.
O verso me habita e não me diz nada.
Juro que tentei me apartar da poesia,
Quase chorei até, não consegui.
a poesia (mesmo a ser nada) ficou,
Calada, confidente, tortuosa:
minha morte serena, minha droga.
E tonto procuro algo no seu dizer.
Na letra insinuante,
no signo incinerante...
No mistério plurificado do seu ser.
Mesmo nas vozes mais diretas,
Nas metáforas mais concretas:
Nada.
O verso me habita e não me diz nada.
Juro que tentei me apartar da poesia,
Quase chorei até, não consegui.
a poesia (mesmo a ser nada) ficou,
Calada, confidente, tortuosa:
minha morte serena, minha droga.
sábado, setembro 05, 2009
Passarinhando
Lá vai a menina comprar o pão,
blusinha branca, moedas na mão,
Olha os dois lados, trespassa a rua,
Suave flutua por cima do chão.
Cintila dos lábios um doce assobio:
Sutil passarinho, suave canção.
Não sabe os meandros mordazes da rua,
Não sabe e é sua essa louca ilusão.
Se um dia a menina se fere no peito
Recai em meu leito uma lamentação.
Pois essa menina é o encanto da lua
E encanto da lua é um doce clarão.
Clarão dos meus dias, verazes poesias,
Verazes poesias, enlaces, manhãs...
blusinha branca, moedas na mão,
Olha os dois lados, trespassa a rua,
Suave flutua por cima do chão.
Cintila dos lábios um doce assobio:
Sutil passarinho, suave canção.
Não sabe os meandros mordazes da rua,
Não sabe e é sua essa louca ilusão.
Se um dia a menina se fere no peito
Recai em meu leito uma lamentação.
Pois essa menina é o encanto da lua
E encanto da lua é um doce clarão.
Clarão dos meus dias, verazes poesias,
Verazes poesias, enlaces, manhãs...
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