domingo, julho 26, 2009

Elegia (Breve elogio fúnebre)

Aqui jaz a vida:
Ocaso como Acaso de si.

Estampada na alma de quem não suicida
A alma e a vida que há para si.

Aqui jaz a vida:
acaso da Razão,
frutífero Ruir.

Sorriso nos olhos da mulher embevecida,
Compasso e o pesadelo dos sonhos
que estão por vir...

Aqui jaz a vida:
Sem
ente do derradeiro,
Solilóquio dos estrangeiros
de sí.

2 comentários:

Anônimo disse...

Se pudesse me traduzir em outras palavras - que não fossem as minhas.
Essas seriam meu epitáfio.
Achei perfeita a subjetividade dos ocasos e acasos...

Noemi Silva

Caio Rudá de Oliveira disse...

Mais difícil de encantar do que com rimas alegres. Por isso soturno, porém belo.