terça-feira, março 24, 2009

A mim

É com peito de homem
Andar de menino
e uma sincera vontade
De selar meu destino

É com sonhos de hoje
E a firmeza do ontem
Que prossigo nesta guerra sem nome
Entre solavancos
Tentativas
E com o peito calejado de feridas

É com o grito da fera
Que me vou ao futuro
Na tentativa de quebrar meus muros

sábado, março 21, 2009

vinheta

as filosofias baratas
as escuridões avessas
a ultima gota de sala
que morreu na fúria besta

As loucuras em forma de pão
As besteiras de rua canoa
e essa saudade que paira e não voa

quarta-feira, março 18, 2009

quarta-feira, março 11, 2009

o amor e a mandinga

Os olhos do amor são cristais sutis
derreados em bolhas de diamante,
repara, ao ver amantes no mirante
sempre espera-se o adiado fim...

amor é prerrogativa dos cuidadosos
amantes chamuscantes são como o galo,
não põe ovos
e assim não vislumbram o novo dia...

e há sempre um novo dia para o amor...

eu posso dizer que não fui feliz,
hesitei no amor, passadas erradas,
não soube adocicar o mel que nos traz namoradas...
faltou-me um pouco de mandinga...

E a mandinga é saber distinguir o reluzir do ouro
fazer do que nos falta o nosso maior tesouro,
é dar o bote no momento certo e não perder o tempo da rasteira...

Assim posso dizer que amor e mandinga caminham juntos
ou no minimo devem caminhar...
entretanto tenha em mente,
que um na falta do outro
é como a noite no céu sem a lua no mar...

domingo, março 08, 2009

Eu tenho inseguranças
que fazem-me hesitar
talvez seja sua dança
ou seu jeito de me olhar...

Talvez seja uma forma sua,
escrota, a me atraiçoar
seu olho sem ter o meu corpo
seu beijo a não me beijar

Pode ser tanta coisa
que tenha pra me ofertar
talvez nada que eu pense
(uma surpresa dessas sem par)

há danças e cirandas,
que tenho por caminhar
com essas inseguranças
que fazem-me hesitar...

domingo, março 01, 2009

dúvida poetica

eu não sei se a vida é vida minha
nem se vida minha é vida apenas
eu gostaria de cantar sonetos
bonitos e leves como uma pena

Mas meus sonetos saem soturnos
fortes e opacos como a bruma
parecem as ruas em ares noturnos
ou epilépticos e suas espumas

o que é pura reflexão
desta vida controversa
é minha ou não? me diz...

(há sempre uma duvida poética)
o que não é bem assim,
(até porque é bem patética...)