terça-feira, dezembro 02, 2008

Androgenia, ou sobre as formas femininas de ser homem

I

É que sempre se fala das incertezas das mulheres
de como vivem de tal forma que não se advinha,
seu ato ou passo,
cartada que precede a fala:
pronto é a sua vez.

Eu também já disse que sou menininha
tenho a incerteza na mente e sonhos de princesinha,
acontece que chingo de filha da puta
a vaca que trai meus sonhos(entretanto retorno
ao lugar [anti]natural e choro, como a mais donzela
das barbies em especial de natal)

II

Eu não sou de fazer mulher chorar meu bem,
meu coração anda por ai a chorar pelas mulheres,
a sonhar com as mulheres
a se perder por vocês

Eu não me lembro do ultimo dia que uma menina disse sim
assim desse jeito perdido, sonhado, esbaforido,
a morrer de amores por mim

Eu sou do tipo que tenho medo do não
que gosto de amor arroz com feijão
mesmo sem nunca ter tido um

Eu sou daqueles que gaguejam com as palavras
que tem medo de mulher ousada,
mas como todo homem me amarro numa...

Eu sou do tipo timido meu bem...
Por mais que faça pose de mal
E nunca tenha dito isso, assim, antes

É que a verdade corta tanto quanto as piores mentiras...

10 comentários:

Anônimo disse...

Lembra Coisa de mulher, de Pietro leal!

Bom mesmo!

Samory Santos disse...

Tímido, sei s. Bilis!

Gabriel Carvalho disse...

auhahuhahua...
sou velho, por mais que em alguns momentos isso possa n parecer...

Gabriel Carvalho disse...

e quanto a comparação, confesso que primeira vez que ouvi esse poema me emocionei(coisa de mulher), acho que foi num show na catolica... bem, n lembro. É, de alguma tem a lgo em comum sim, mas acredito que minha poesia tocou em outros aspectos do tema que a dele n tocou e vice-versa... Mas Drummond custumava dizer que o poema depois de feito pertence muito mais ao leitor(n com essas palavras), então prossiga... A casa é sua.

Bruna Rocha disse...

Rpz... fantástico! Adorei!

Laís de Almeida disse...

pô... lindão velho! mesmo se não for real, mas sincero impossível. ;D
é mto difícil tirar as máscaras, ficar vulnerável. parabéns. mto bom!

Gabriel Carvalho disse...

:)

valeu Laís...
acho que o que eu jah tinha pra falar sobre este poema jah falei...

aini disse...

ti bunitinho! :p

:)

e era eu pequena na foto, sim. hehe

Anônimo disse...

Bilis,
Muita linda...Sou um pouco disso, isso é demais! Me vê fora de mim e em mim.Gosto desse seu estilo claro e sempre desprendido do que pensem. Isso é mais que força!

Noemi Silva

Gabriel Carvalho disse...

:)

sempre trazendo belas palavraspra me confortar...