Delírio
Nua, mas para o amor não cabe o pejo
Na minha a sua boca eu comprimia.
E, em frêmitos carnais, ela dizia:
– Mais abaixo, meu bem, quero o teu beijo!
Na inconsciência bruta do meu desejo
Fremente, a minha boca obedecia,
E os seus seios, tão rígidos mordia,
Fazendo-a arrepiar em doce arpejo.
Em suspiros de gozos infinitos
Disse-me ela, ainda quase em grito:
– Mais abaixo, meu bem! – num frenesi.
No seu ventre pousei a minha boca,
– Mais abaixo, meu bem! – disse ela, louca,
Moralistas, perdoai! Obedeci...
Olavo Bilac
5 comentários:
Bilac em momento de safadeza, indecência e descumprimento dos "bons costumes" que tangem nossa tradicional sociedade de valores puros, cristãos e ocidentais.
É, nem esperava isso do brother o.o, ma rapaz.
auauhhahauhuahuahua
traduzindo: "CAI DE BOCA"
muito bom, muito bom!
PORRA! DE FUDER! [literalmente]
vou procurar mais coisas sobre ele depois desse.. ;)
Safadenho, rsrs...
Muito boa, apesar de não ser muito fã de Olavo Bilac
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