quinta-feira, novembro 30, 2006

as minhas retinas estão cansadas,
já não enxergo tão bem
e tenho apenas dezesseis anos

o meu amor inócuo
ainda teima em dormir
amor fraternal
que me faz desistir

e choro
as vezes de cansaço
e canso as vezes da solidão
sozinho percebo o gemido
por mim pelo teu não

então sinto o frescor da noite
em pleno dia maestral
ensolarado de raios fulgidos,
estilhaçando meu falso quintal...

É a vida que deus me deu,
que grita por causa do sonhos,
pequenos que são meus
(Meu deus, quando vai perceber que Jesús foi tão homem...
Quanto este filho teu)

3 comentários:

Raiça Bomfim disse...

Ô neguinho, não sei, pode ser.
As rimas dos poemas conhecem bem de si e sempre se encontram em meio ao ritmo, né?! Vez por outra, gosto de brincar com elas também, apesar de não ser muito meu forte.
Beijo, nêgo. E que as palavras sejam sempre solícitas contigo.

tgroba disse...

Sobre o oficio do poeta,bielis, o certo é que ele está sempre a percorrer o caminho para a distância, sempre...Um certo Vinicius disse esse negocio aí...

Gabriel Carvalho disse...

a distância do que ele quer propor
ou a distancia para melhor enxergar?