as minhas retinas estão cansadas,
já não enxergo tão bem
e tenho apenas dezesseis anos
o meu amor inócuo
ainda teima em dormir
amor fraternal
que me faz desistir
e choro
as vezes de cansaço
e canso as vezes da solidão
sozinho percebo o gemido
por mim pelo teu não
então sinto o frescor da noite
em pleno dia maestral
ensolarado de raios fulgidos,
estilhaçando meu falso quintal...
É a vida que deus me deu,
que grita por causa do sonhos,
pequenos que são meus
(Meu deus, quando vai perceber que Jesús foi tão homem...
Quanto este filho teu)
quinta-feira, novembro 30, 2006
quarta-feira, novembro 29, 2006
O oficio do poeta
trabalhar com as palavras
é o nosso oficio
e nos custa caro
silabas tônicas são toneladas
que nos assustam pela raridade na hora nescessaria
onde o poeta vai a porta
do reino das palavras e não encontra nada
resta invadir e pedir
só uma resposta...
qual é o nosso oficio?
é o nosso oficio
de lutar a cada dia
uma palavra!
duas alegrias!
três verdades; talvez uma...
Mas as vezes Deus com seus desmundos
fecha o mundo das letras e palavras
e diz:
"não poetarás agora"
clamo pela palavra
reclamo
"é meu ofício!"
mas não adianta reclamar
as palavras não nos vem
temos de procurar
as vezes é díficil
"estás sem inspiração",
mas esta é outra história...
Pois quando esta nos aparece
as palavras destroem a hora torta
e nos vem
como que de supetão
e fazem um poema
bom e aluvião
é meu caro
falei de inspiração...
e do oficio?
este nos custa a mão
(que de tanto escrever me dará l.e.r,
[lesão por esforço repetitivo])
é o nosso oficio
e nos custa caro
silabas tônicas são toneladas
que nos assustam pela raridade na hora nescessaria
onde o poeta vai a porta
do reino das palavras e não encontra nada
resta invadir e pedir
só uma resposta...
qual é o nosso oficio?
é o nosso oficio
de lutar a cada dia
uma palavra!
duas alegrias!
três verdades; talvez uma...
Mas as vezes Deus com seus desmundos
fecha o mundo das letras e palavras
e diz:
"não poetarás agora"
clamo pela palavra
reclamo
"é meu ofício!"
mas não adianta reclamar
as palavras não nos vem
temos de procurar
as vezes é díficil
"estás sem inspiração",
mas esta é outra história...
Pois quando esta nos aparece
as palavras destroem a hora torta
e nos vem
como que de supetão
e fazem um poema
bom e aluvião
é meu caro
falei de inspiração...
e do oficio?
este nos custa a mão
(que de tanto escrever me dará l.e.r,
[lesão por esforço repetitivo])
sexta-feira, novembro 24, 2006
Ao amor duvidado
as almas assumem,
assaz atadas,
algo acabado
assim alarmado
amor alquebrado
assume algozes amavelmente...
assaz atadas,
algo acabado
assim alarmado
amor alquebrado
assume algozes amavelmente...
quarta-feira, novembro 22, 2006
poeta baiano
poeta baiano
mal interpretado
leitor de alguns insanos
e outros menos difamados
poetinha baiano
ainda em formação
no futuro proximo
no dia da explicação
leitor de versos drummonianos
e de Damário da Cruz
poetinha baiano
que ainda crê em Jesús
mal interpretado
leitor de alguns insanos
e outros menos difamados
poetinha baiano
ainda em formação
no futuro proximo
no dia da explicação
leitor de versos drummonianos
e de Damário da Cruz
poetinha baiano
que ainda crê em Jesús
domingo, novembro 19, 2006
O que vi e não quero te contar
Desde já ou desde antes
não importa se percebi
eu nem me lembro ao certo quando,
mas sei que vi e re-vi
não era fato consumado
nem muito menos assunto pedante
também não era caso raro
era como um alto-falante
meu amigo também viu
não se importou nem um pouco
não era de sua feição,
mas a mim me consumiu
pouco a pouco o coração
morto já de antemão
não importa se percebi
eu nem me lembro ao certo quando,
mas sei que vi e re-vi
não era fato consumado
nem muito menos assunto pedante
também não era caso raro
era como um alto-falante
meu amigo também viu
não se importou nem um pouco
não era de sua feição,
mas a mim me consumiu
pouco a pouco o coração
morto já de antemão
sábado, novembro 18, 2006
sexta-feira, novembro 17, 2006
ninguém entende do amor
só o amante...
e só ele e apenas ele
sabe porque este anda errante
o poeta não é letrado
as palavras saem como são
e o amor por ser uma a mais
anda girando em vaguidão
por isso nego atenção
e penso que amar, na verdade,
é viver sem ter solidão
afinal quem nesse mundo,
que anda desconcertado,
não sofreu desta ilusão?
só o amante...
e só ele e apenas ele
sabe porque este anda errante
o poeta não é letrado
as palavras saem como são
e o amor por ser uma a mais
anda girando em vaguidão
por isso nego atenção
e penso que amar, na verdade,
é viver sem ter solidão
afinal quem nesse mundo,
que anda desconcertado,
não sofreu desta ilusão?
quinta-feira, novembro 16, 2006
Cidade do Salvador
és teu nome companheiro que tens aqui
entretanto mal versas sobre ela
esqueceu-a
em tuas leituras mal fadadas e tuas parabolas delirantes
No entanto ela prossegue infante
aguardando a cada instante um sinal, misero(que seja!),
de tua salvação.
Na ponta de cada farol
na proa dos barcos atracados no porto
nas vielas encimesmadas de teu centro impressionante
e nas passadas cansadas de teus andantes
em 1930 Campo Grande pouco tinha de tua maestria,
de teus encolossados edifícios e e de tuas fontes jorrantes.
Campo Grande ainda não era grande, mas era ele, intacto
aberrantemente igual em estílistica.
As pessoas passavam,
ainda em menor grau, mas talvez com parecidos sentimentos
e com parecidos passos,
cansados da labuta intensa da cidade grande
Salvador dos versos novos já não tem mais sete portões,
já não tem padres canibalizados
(talvez pedófilos engaiolados)
Jà não tem Igrejas como principal morada
e nem no pelourinho,
negros não tomam mais chibatadas,
mas entretanto continuas feia, Salvador,
o suburbio ferroviario mal utiliza seu trem e suas praias?
não mais comportam ninguém...
Sua região norte mal é vista como sua parte, tendo até jingles politiqueiros,
que se aproveitam das tuas miragens...
Salvador dos versos novos permanece igual, mas diferente em numero e grau
e espera, até não sei quando, a construção do metrô...
entretanto mal versas sobre ela
esqueceu-a
em tuas leituras mal fadadas e tuas parabolas delirantes
No entanto ela prossegue infante
aguardando a cada instante um sinal, misero(que seja!),
de tua salvação.
Na ponta de cada farol
na proa dos barcos atracados no porto
nas vielas encimesmadas de teu centro impressionante
e nas passadas cansadas de teus andantes
em 1930 Campo Grande pouco tinha de tua maestria,
de teus encolossados edifícios e e de tuas fontes jorrantes.
Campo Grande ainda não era grande, mas era ele, intacto
aberrantemente igual em estílistica.
As pessoas passavam,
ainda em menor grau, mas talvez com parecidos sentimentos
e com parecidos passos,
cansados da labuta intensa da cidade grande
Salvador dos versos novos já não tem mais sete portões,
já não tem padres canibalizados
(talvez pedófilos engaiolados)
Jà não tem Igrejas como principal morada
e nem no pelourinho,
negros não tomam mais chibatadas,
mas entretanto continuas feia, Salvador,
o suburbio ferroviario mal utiliza seu trem e suas praias?
não mais comportam ninguém...
Sua região norte mal é vista como sua parte, tendo até jingles politiqueiros,
que se aproveitam das tuas miragens...
Salvador dos versos novos permanece igual, mas diferente em numero e grau
e espera, até não sei quando, a construção do metrô...
domingo, novembro 12, 2006
no mais Pessoano verso...
pungitivo enclaustro branco
incalto encejo impuro
finado poema estanque
manifestamente obscuro
novo e pungitivo insumo
em seu eleito e seguro
caminho que arde no meio
ao caminhar pelos muros
E assim poetamos caminhios
no meio dos nossos passos
durante nossos espaços.
Nós poetas Pessoanos...
incalto encejo impuro
finado poema estanque
manifestamente obscuro
novo e pungitivo insumo
em seu eleito e seguro
caminho que arde no meio
ao caminhar pelos muros
E assim poetamos caminhios
no meio dos nossos passos
durante nossos espaços.
Nós poetas Pessoanos...
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