sexta-feira, junho 21, 2013

Pelas janelas a vida tem sua corredeira,
como um rio poluído multidões escorrem pelas ruas da cidade.
Dentro do ônibus apenas o barulho do motor,
são parte da cidade, parte de mim.

Os pensamentos não encontram critério,

escorrem pelos atos,
palcos,
lembranças.
Debaixo dos cabelos
por entre
os ouvidos,
Como um rato empoleirando em ratoeiras
de pelos eriçados e salivas infectas.

O olho do mundo esta por outros caminhos,

percorrem outras searas
(esperanças, bombas, combates...)

Enquanto os meus olhos confundem-se com a hipocrita avenida Antonio Carlos Magalhães,

e teus rastros cinzentos,

Estranha cumplicidade.


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