quinta-feira, janeiro 28, 2010

pela manhã

Sentado,
O vento sussurrando,
As ondas batendo caladas
Pelo mar.

Um bêbado sorri,
Duas mulheres conversam
Um papo tranquilo,
Devagar.

Me canso,
vou até elas:
Talvez olhem minhas coisas,
Quero ir ao mar.

Trocamos palavras,
Rápidas palavras,
Apresso meu passo,
Vou ao mar.

No mar me benzo,
Poucos mergulhos
Volto as mulheres
Pego minhas coisas
E vou para casa.

6 comentários:

Anônimo disse...

Vi o mar, pisei na areia, senti a maresia ...
Só não deu para entrar no mar,
por que voltar para casa quebrou o ritmo (abruptamente).
Mas é sério, acho que o último verso da última estrofe distonou a sonoridade.
No entanto, gostei muito do desprendimento simplista da narrativa.

Noemi Silva

Gabriel Carvalho disse...

é mesmo? N achei que quebrou o ritmo, sabe? Acho que acaba sem um desfecho extraordinario, só isso.

Anônimo disse...

n, não, até gostei do desfecho por que segue a ideia primeira, encontrada
nas estrofes iniciais...
as ações sucedem naturalmente...
Não tive maiores expectativas não, o fato é que para mim houve uma quebra sonora, uma vez que as estrofes terminam em (ar)por ex:
Devagar, mar e cá que se assemelha foneticamente falando com (ar).Depois vc termina em (casa)me faltou uma harmonia. É como por exemplo alguém desafinar no final de uma canção, entende?

mas acho q é essa minha ligação com a rima... rs

N.S

Anônimo disse...

Acho até que se (casa) não tivesse tão distante de (palavra) da antepenúltima estrofe, não soaria descompassado, mas espera... acho que lendo de novo, percebi um pouco da aproximação melódica, sei n, mas quando li a primeira vez me pareceu desconexo demais... talvez agora escutei melhor ...

N.S

Caio Rudá de Oliveira disse...

por que as pessoas complicam um poema tão gostoso de ler como um mergulho no mar?

bUH disse...

ACHEI QUE O FINAL NÃO ACOMPANHA A SERENIDADE DO POEMA... PODERIA SER MAIS LÍRICO, SEI LÁ.. MAIS ABSTRATO... MAS GOSTEI MUITO DAS IMAGENS! ADORO O MAR! :D