Eu sou em uma máscara de ferro,
vivo ausente dos olhos do mundo.
Entre sorrisos, gracejos
Vivencias e medos,
me escondo
e encubro minha face entre subterfugios.
Em vida não sei quando ela pousou
sobre a minha face como um simbionte,
e preso a minhas vestes me atraiçoou
Me fazendo um bandido ou cigano sem fronte.
Ela que tanto me fez ser o que sou
mesmo que forma falsa de ser eu,
me faz ter por ela um certo amor
e um ódio indefeso tão fariseu.
em vão nem mais tento tira-la
ela se faz como uma forma de mim
Uma peste, cujo bacilo se instala
Entre as minhas vís organelas sem fim.
Ela é a peste, a caveira de metal.
É a lembrança de quando vivia em mim,
E se não a desfaço em tom quase fatal
é porque assim não serei mais ninguem:
Nem a ela, Nem a mim.
2 comentários:
Gabriel,
Que coisa linda...
N.S
Gosto da palavra subterfúgio...
Organelas? O quê de dos Anjos.
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