as coisas fulguram pela casa
sofás, cadeiras, tv
cada coisa em seu local
cada local em seu mistério,
Tem memórias as coisas.
O computador lembra de todas as conversas
o Sofá resguarda silêncios e presteza ante a Tv
A mesa se perde entre almoços, jantares, festas...
O quarto, esse velho quarto,
conta coisas que Deus duvida
esconde aventuras
Esconde medos
Pânico até.
Antes do sono,
Após acordar,
rememora.
O guarda roupa escondeu tanta coisa
tantas aventuras entre livros
Tantos oficios mal-compreendidos
Tantos papeis amassados,
poemas mal feitos,
escritos escusos,
e ainda tem muito o que esconder.
A cozinha resguarda a imagens de minha mãe
cozinhando a comida do dia
lavando os pratos do almoço
conversando ao telefone sem fio.
Embora resguarde memorias minhas.
Nos cadernos da escola,
poucas anotações
muitos poemas,
confusões, solidões,
Escondia-me em seu interior.
Assim como me escondo em casa
Dentro de cada poema
Dentro de meus pensamentos
dentro de mim.
Esta casa nova, poucos anos vividos.
Esconde coisas antigas
embora passada a limpo
Como um poema escrito
e aos poucos retocado.
segunda-feira, janeiro 17, 2011
sexta-feira, janeiro 14, 2011
Resta
E passada a vontade de ser
resta a nostalgia do ter sido
Algo entre o ser e o querer
Entre o vivente e o vivido.
após toda carreata de sonhos
passada toda vontade irrevogavel
Resta a certeza irresoluta
de algo que se foi, incontornavel.
Embora as vezes haja volta
Contudo retornar é um novo ínicio
Formas novas de ser o que se foi
novas formas de encarar antigo risco.
Ser é desfilar entre aventuras
nostalgicas, voraz ou sem sentido.
resta a nostalgia do ter sido
Algo entre o ser e o querer
Entre o vivente e o vivido.
após toda carreata de sonhos
passada toda vontade irrevogavel
Resta a certeza irresoluta
de algo que se foi, incontornavel.
Embora as vezes haja volta
Contudo retornar é um novo ínicio
Formas novas de ser o que se foi
novas formas de encarar antigo risco.
Ser é desfilar entre aventuras
nostalgicas, voraz ou sem sentido.
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